Um dos principais expoentes da nova geração do surf mundial, o paulista Gabriel Medina, 17, atleta da equipe Rip Curl, voltou a fazer bonito e mostrou todo seu potencial com a vitória no SuperSurf Internacional em Imbituba (SC).
Com 19.10 pontos de 20 possíveis na bateria final e oito das dez melhores ondas surfadas durante a etapa prime da ASP, o sebastianense conquistou espaço no seleto grupo de 32 atletas que se classificam para o World Tour 2012.
Esta foi sua segunda vitória em etapas de nível mundial. Em 2009, com apenas 16 anos, Medina faturou o WQS seis estrelas da praia Mole (SC) e tornou-se o mais jovem surfista da história a vencer uma etapa deste calibre.
A lista de conquistas conta com outros três campeonatos emblemáticos: o King of the Groms International 2009 na França (com duas notas 10 na decisão), o mundial Júnior no ISA World Surfing Games 2010 na Nova Zelândia e o Rip Curl Grom Search International 2010 na Austrália, disputado em paralelo ao Rip Curl Curl Pro Bells Beach, um dos eventos mais tradicionais do circuito profissional.
Surfista da equipe Rip Curl com contrato de cinco anos, Gabriel mostra confiança para alcançar seus objetivos. A marca garante ao atleta toda estrutura para pensar exclusivamente na carreira, inclusive, com estágio nas ondas da Austrália para aperfeiçoar as manobras e afiar o inglês. No dois últimos anos, Medina recebeu wildcard para participar do Rip Curl Pro Bells Beach.
Natural de São Paulo, Gabriel começou a pegar onda aos nove anos de idade. Local de Maresias, uma das melhores ondas do país, recebeu incentivo e orientação do padrasto Charles – que ele chama de pai – e da mãe Simone.
Na entrevista abaixo, o surfista fala da metodologia empregada em sua preparação, afirma que acredita na vaga do WT 2012 e comenta sobre a importância do suporte recebido pela Rip Curl e por sua família para se dar bem nos campeonatos.
Você tem apenas 17 anos e já é considerado uma das maiores revelações do surf mundial. Como se prepara, física e psicologicamente, para o sucesso?
Me preparo desde pequeno. Com o passar do tempo, me dediquei cada vez mais. No começo deste ano, trabalhei com um profissional de medicina esportiva, treinei e surfei por dois meses na Austrália. Com ajuda do meu pai, corrigi alguns erros importantes.
A vitória no SuperSurf abre novos horizontes?
Vitórias sempre trazem confiança para seguir em frente.
Como está sua vida? O que mudou com a correria do Tour?
Como já disse, surfo e corro campeonatos desde criança. Minha vida segue a mesma.
Acredita na vaga para o WT 2012?
Acreditar eu acredito, mas ainda faltam três etapas prime e três seis estrelas. Sei que muitos têm condições de estar lá. Não tenho pressa, muita coisa ainda vai acontecer e o suporte da Rip Curl me deixa tranquilo.
O que ainda falta para encarar o WT?
Tudo é um processo de evolução. Estou no meu, corrigindo as minhas falhas e aprendendo no dia a dia, inclusive com as derrotas.
Em quais tipos de onda precisa melhorar?
Algumas etapas importantes do WT rolam em direitas e favorecem os atletas regulares. Como sou goofy, sei que preciso trabalhar meu surf de backside.
Tem alguma preparação especial visando ondas pesadas?
Moro em Maresias e surfo aqui desde pequeno. Gosto de onda pesada. A dificuldade, muitas vezes, é o crowd.
Quais ondas já surfou que mais te surpreenderam?
Pipeline e Macarronis, nas Mentawaii.
O contrato com a Rip Curl lhe deu estabilidade para surfar mais sossegado?
Com certeza, tenho uma empresa que acredita no meu trabalho e investe em mim. É importante saber que terei uma excelente estrutura em qualquer lugar do mundo onde for competir.
Qual importância do apoio da Rip curl para os resultados aparecerem?
É total. A Rip Curl já me levou duas vezes para o WT de Bells, aprendi bastante, adquiri experiência. Recebo um salário digno para correr o circuito e me preparar. O Gary Dunne, chefe de equipe do time internacional, sempre me ajudou em tudo, assim como os donos da Rip Curl, que acreditam muito no meu potencial.
E a família, o que representa para você seguir em frente?
Minha mãe e meu pai são muito importantes. Meu pai viaja comigo e me ajuda muito nos campeonatos. Minha mãe, sempre que pode, também está presente.
Seu jeito calmo influencia nas competições?
É uma coisa natural, que me ajuda muito, principalmente, para eu pensar nos momentos difíceis.
Quando não está surfando, o que faz?
Ando de Skate e fico no Facebook.
Bate-bola
Nome Gabriel Medina
Nascimento 22/12/1993
Iniciou no surf 8 anos
Vive Maresias, São Sebastião (SP)
Melhor onda Macarronis
Sonho WT
Manobra Tubo e Aéreo
Se não fosse surfista seria jogador de futebol
Outros esportes Skate e Futebol
Família é tudo
Ídolo no surf Mick Fanning
Ídolo no esporte Kelly Slater
Ídolo na vida Ronaldo
Comida Arroz, feijão e bife
Bebida Suco de laranja
Melhor viagem Mentawai
Melhor etapa Imbituba
Melhor momento Prime de Imbituba
Patrocínio Rip Curl
Co-patrocínios Nike 6.0, Pukas, FCS e Gorilla Grip
Quando não está surfando Facebook e Skate
Fonte:http://waves.terra.com.br/
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